Bahia: resumo do primeiro debate da Band

 

Segue cobertura do Correio da Bahia.

 

 

Temperatura sobe em primeiro debate entre candidatos ao governo do Estado

Foram mais de duas hors de debte com os cinco candidatos

13.08.2010 | Atualizado em 13.08.2010 – 10:34

Jairo Costa Júnior | Redação CORREIO
No começo, parecia que o primeiro debate entre os candidatos ao governo do estado teria o mesma temperatura morna do encontro entre os presidenciáveis. No bloco inicial, com a mesma pergunta feita pela produção da Band e dirigida a todos os cinco candidatos, sobre como aumentar os indicadores sociais da Bahia, Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMDB), Luiz Bassuma (PV) e Marcos Mendes (Psol) fizeram o esperado: miraram suas flechas para o governador Jaques Wagner (PT). Mas veio o segundo bloco, e o clima começou a esquentar.

Foram mais de duas hors de debte com os cinco candidatos ao governo baiano
Com os candidatos podendo escolher os alvos de suas respostas, a temperatura subiu. Primeiro, de leve. Souto questionou o governador sobre promessas de campanha não cumpridas. "Critiquei, mas nunca neguei coisas boas feitas por outro governo", disse Wagner, sem perder a calma que manteve durante o debate.

"Não faz sentido falar uma coisa na campanha e fazer outra quando se está no governo", replicou Souto. Na tréplica, o petista endureceu: "Creio que o candidato Paulo Souto é, entre nós, o que mais desfilou no poder. Prefiro ficar com a opinião da população, que me elegeu o segundo melhor governador do país", disse, sem dizer, contudo, que a pesquisa Ibope na qual se baseou só levou em conta oito estados.
Mendes, na postura de franco-atirador, criticou Geddel por ter destinado mais verbas para a Bahia quando comandava o Ministério da Integração Nacional, do que para o resto do país. O que teria prejudicado Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco e Alagoas, atingidos por chuvas e enchentes. "Se foi o índice que você disse, 50%, trabalhei mal, foi pouco", assinalou.
O peemedebista se defendeu da acusação de que só direcionava verbas para municípios do PMDB. "Veja o caso de Itabuna, que é governada pelo DEM", destacou. Mendes não engoliu o argumento e apelou para o sentimental. Disse que Geddel deveria ter a consciência pesada quando se deitava pensando nos desastres que atingiram os estados.
As perguntas entre Geddel e Souto pareciam mais um jogo de comadres do que briga direta por votos. Ambos falaram sobre a relação entre propaganda e verbas para segurança pública, o tema mais tocado no debate. "Chegaram ao ponto de colocar o símbolo do governo na orelha de um bode", disse Souto.
Apesar do tom mais ameno em direção ao democrata, Geddel criticou também a dose de publicidade no governo de Souto, mas voltou a martelar a atual gestão na área de segurança. "Wagner lança números, diz que comprou motocicletas, mas 400 delas estavam paradas por que não tinham emplacamento".
Em seguida, Bassuma pediu mais controle da corrupção para que não "escapassem pelo ralo" investimentos para a Copa do Mundo. Já Mendes segurou pelas mãos uma amostra do que seria a água usada pela população de Caetité, no Sudoeste, contaminada por urânio.
Com a atitude, Wagner conseguiu direito de resposta e garantiu que a água não era da cidade. Quase no fim, sobrou para o vice de Wagner, Otto Alencar (PP), acusado de desviar verbas da saúde por Marcos Mendes. Coube a Wagner a defesa do neoaliado.

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