Rio de Janeiro: resumo do primeiro debate da Band

 

Segue cobertura do JB Online.

 

Debate: artilharia pesada contra Cabral

Paulo Marcio Vaz, Jornal do Brasil

RIO – O debate de quinta-feira entre os candidatos ao governo do estado do Rio, realizado pela TV Bandeirantes, foi marcado por uma enxurrada de acusações contra o candiato à reeleição, o governador Sérgio Cabral (PMDB), promovida por seus rivais Fernando Gabeira (PV), Fernando Peregrino (PR) e Jefferson Moura (PSOL). Logo no início, Peregrino deixou Cabral irritado ao lembrar que a primeira-dama do estado, Adriana Ancelmo, é advogada da Supervia e do Metrô, empresas concessionárias dos serviços de transporte público que, segundo Moura, prestam serviços precários e “não são multadas”. A citação do nome de Adrina rendeu a Cabral seu primeiro direito de resposta:

– Lamento que tenham ofendido minha mulher, uma advogada querida e respeitada por toda Ordem dos Advogados do Brasil – rebateu o governador.

Fernando Gabeira foi o único dos opositores de Cabral que preferiu não falar sobre a primeira-dama. Mesmo assim, não poupou críticas ao atual governo estadual, principalmente em relação à educação. Enquanto defendia melhor remuneração aos professores, Gabeira disse que “um cabo eleitoral do governador ganha o dobro do salário de um professor”.

O verde também foi alvo de críticas, principalmente por ter se aliado ao DEM e ao PSDB, partidos que, em nível nacional, são opositores do PV. Num determinado momento, Jeferson Moura chegou a chamar o rival do PV de “ex-Gabeira”. O verde respondeu:

– O ex-Gabeira não quer mais fazer a revolução socialista que chegou ao ponto em que chegou em Cuba e outros lugares.

O embate mais direto entre Gabeira e Cabral se deu quando o deputado questionou o governador sobre a questão da tragédia que se abateu em Angra dos Reis durante o Reveillon. Acusado por Gabeira, Cabral deu a entender que não havia autorizado a ampliação de obras na região antes do Ano Novo. Gabeira, no entanto, insistiu, e chegou a dizer que “ou eu estou mentindo ou ele”. Em sua tréplica, Cabral admitiu ter assinado um decreto de ampliação, mas negou que a ação tivesse a ver com a tragédia.

As poucas propostas de governo praticamente só ocorreram na hora das considerações finais.

Gabeira prometeu remunerar melhor os professores e investir no ensino médio. Peregrino disse que pretende construir 100 mil casas populares e reabilitar projetos sociais criados pelo ex-governador Anthony Garotinho. Cabral enumerou feitos do seu governo, como as UPPs UPAs, citando a candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, que prometeu implementar UPAs pelo Brasil, caso eleita. Jefferson Moura disse que deseja implementar escolas em horário integral.

Falta de propostas

O cientista político da Fundação Getúlio Vargas Fernando Weltman, ouvido pelo JB, lamentou a falta de propostas e o “baixo nível” do debate:

– Não foi como o debate presidencial. A opção pelo enfrentamento é um tiro que pode sair pela culatra, e faz com que o eleitor não tenha a chance de ouvir propostas – analisa. – Quem estava indeciso, permanece indeciso.

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