Mato Grosso: resumo do primeiro debate da Band

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MT: debate marcado por discursos efusivos e ataques
13 de agosto de 2010 01h21

Sonia Fiori
Direto de Mato Grosso

O debate realizado pela TV Cidade Verde, afiliada da Rede Bandeirantes, entre os candidatos ao governo de Mato Grosso, foi marcado pelos discursos efusivos e ataques entre os quatro postulantes, o governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), o empresário Mauro Mendes (PSB) e o administrador Marcos Magno (PSOL). Wilson e Mauro dirigiram seu foco, especialmente, para o governador, que lidera pesquisas de intenção de voto no Estado.

Curiosamente, todos asseguraram minutos antes do início do debate, que apresentariam posição "propositiva". O debate, mediado pela jornalista e apresentadora Silvia Poppovic, contou com cinco blocos e teve duração de duas horas. Os dois primeiros espaços para o enfrentamento, teve destaque pelo acaloramento dos discursos e do tom de ataque.

Conhecido pela habilidade política em debates, Wilson Santos lançou sobre o chefe do Executivo estadual questionamentos relacionados ao setor da saúde – alvo de críticas constantes dos adversários políticos. Deixando claro que é oposição declarada a gestão de Mato Grosso, o postulante do PSDB questionou a aplicação dos recursos do Estado, afirmando que a gestão estadual deixou a desejar na realização de projetos e programas prioritários para Mato Grosso.

O governador Silval Barbosa respondeu ao ataque cutucando o adversário tucano a respeito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do município, que em agosto de 2009 foi alvo da Operação Pacenas, deflagrada pela Polícia Federal – que investigou fraudes nos processos de licitação do programa que prevê recursos da ordem de R$ 238 milhões para o município.

O tucano revidou ao afirmar que o então gestor de Cuiabá, se empenhou para ajudar nas investigações. E aproveitou a deixa para alfinetar Silval sobre o episódio do superfaturamento na aquisição de maquinários do Programa Mato Grosso 100% Equipado. O programa foi realizado na gestão do ex-governador Blairo Maggi (PR), que deixou o comando do Estado em março desde ano, em seu segundo mandato, para disputar o Senado. Maggi, no período, determinou investigação sobre o caso que teria gerado prejuízo total ao erário da ordem de aproximadamente R$ 44 milhões.

O empresário Mauro Mendes também lançou olhar crítico para o gestor estadual e atacou Silval pela gestão em setores como o da saúde. O governador em contra ataque afirmou que Mauro Mendes teria tido faturamento de mais de R$ 70 milhões em seu grupo de empresas – deixando de cumprir regras sociais que segundo ele constam em relatório disponibilizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Wilson também criticou Silval Barbosa pelo que considera de péssima qualidade na educação do Estado. O chefe do Executivo estadual revidou ao afirmar que o tucano deixou de promover obras essenciais para o município mesmo tendo no caixa público recursos amplos repassados pelo governo federal. O nível de ataques rendeu aos três principais adversários, Silval, Mauro e Wilson pedido de resposta – concedido à eles por uma comissão responsável pelo assunto.

No Estado, Silval lidera coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar, que conta com apoio do PT, PP, PR além do PMDB. Wilson, com a coligação chamada Senador Jonas Pinheiro (morto em 2008), tem ao seu lado o DEM e o PTB e ainda o PSDB. Mauro Mendes encabeça a coligação Mato Grosso Melhor Pra Você, integrada pelo PPS, PDT, PV e PSB. Marcos Magno, que também lançou críticas pontuais ao governador, disputa sozinho o comando do Estado.

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